diário – Isabela Freitas https://isabelafreitas.com.br Isabela Freitas Wed, 09 Sep 2020 15:45:14 +0000 pt-BR hourly 1 https://isabelafreitas.com.br/wp-content/uploads/2020/08/favicon-150x150.png diário – Isabela Freitas https://isabelafreitas.com.br 32 32 Querido amigo, eu não vou me machucar (mais) para te manter na minha vida. https://isabelafreitas.com.br/querido-amigo-eu-nao-vou-me-machucar-mais-para-te-manter-na-minha-vida/ https://isabelafreitas.com.br/querido-amigo-eu-nao-vou-me-machucar-mais-para-te-manter-na-minha-vida/#comments Fri, 25 May 2018 01:39:36 +0000 https://isabelafreitas.com.br/?p=178 handa

Antes de qualquer coisa queria dizer que esse texto não é uma fórmula certa, e que não sou a dona da verdade. Tudo dito aqui são sentimentos embolados na minha cabeça e que eu senti vontade de colocar pra fora. Se você se identifica, seja bem vindo 🙂

Eu juro que não vou associar esse texto a signo, nem à minha personalidade forte, muito menos ao meu ascendente, lua, ou qualquer outro elemento que tire a minha responsabilidade. A verdade é que não há justificativas para como nos sentimos.

E é assim que me sinto.

Vamos lá. Antes de tudo queria dizer que eu sou o tipo de pessoa que dá muitas chances antes de tomar uma atitude. Um amigo fala algo que não gostei, eu sorrio e tento entender… Às vezes o dia não foi tão legal, às vezes ele não está tão legal… Passou. Deixa pra lá. Um amigo faz algo que me machuca, dói, mas tento me curar sozinha. Chego a pensar “Será que to exagerando?”, até porque as pessoas não são perfeitas, eu não sou perfeita, e jamais cobraria perfeição de alguém. Um amigo pisa na bola, eu tento equilibrar com tantas outras vezes em que pisei na bola com ele também. Quem nunca, né. Um amigo fala algo pra me deixar pra baixo, ah, mas todo mundo faz isso… Epa. PERAE. Eu não faço isso! Um amigo me abandona em um momento que eu preciso, epa… EU NÃO FAÇO ISSO TAMBÉM. Um amigo não fica feliz com uma conquista minha… Que isso, é amigo? É o meu amigo? Aquele amigo? E aí começam uma série de  questionamentos na minha cabecinha que nunca para de se questionar.

Poxa, eu não coloco nenhum amigo meu pra baixo. Muitas vezes já pensei “será que devo fazer essa crítica?”, e a resposta é sempre a mesma: se não vai acrescentar em nada, NÃO. E na maioria das vezes as críticas não acrescentam em nada mesmo. “Amigos” que criticam sua aparência em forma de brincadeira, me desculpem, não são amigos. Eu não sei o que eles são, de verdade, mas amigos não são. Dá vontade de dizer: “amigo, todo mundo tem defeitos, você os tem aos montes, e eu não estou aqui para lista-los.” Porque eu acredito muito no poder de atração, sabe? Vamos falar de coisas boas, ressaltar o POSITIVO, o que acrescenta, o que brilha, o que pode melhorar. Vamos melhorar a autoestima daquela pessoa que você diz ser seu AMIGO, vamos colocá-lo lá em cima, dizer que ele pode conquistar o mundo se quiser. Amigos são pra isso. Pelo menos eu vejo dessa forma. Até porque dos meus defeitos eu sei muito bem, não preciso de ninguém me dizendo que estou gorda demais, ou que vou à festas demais, ou que estou perdida na vida demais. Quem está perdido sabe muito bem disso, e sinceramente, escutar isso de alguém próximo dói mais do que estar “perdido” em si. Quem está “gordo demais” sabe muito bem da sua condição física, afinal tem espelho em casa. Um comentário seu só o depreciaria mais, visto que cada dia que passa enfrentamos problemas para nos amarmos como somos, e isso só prejudicaria. Questão de bom senso.

“Amigos” que zombam de algo que você conquistou, ou de algo seu, não são amigos. Um amigo fica feliz por te ver feliz, ele tá ali do seu lado, segurando sua mão, com lágrimas nos olhos, parecendo uma irmã apreensiva no primeiro dia de aula do seu irmão mais novo.

“Amigos” que te abandonam em momentos que você realmente precisa de uma “mãozinha”, não são seus amigos. São pessoas que gostam de você, talvez. Mas não se importam o suficiente com o seu bem estar para se mexer da cadeira e provavelmente terão boas desculpas para quando você for cobrar esse tipo de atitude. Eu falo por mim, se tenho um amigo aflito com alguma situação, eu não consigo nem dormir. Fico acordada esperando notícias. Procuro uma imagem fofinha de gatinhos no Facebook pra alegrá-lo. Vou na padaria beber uma água com ele pra espairecer. Vou pro bar beber todas com ele pra esquecer. Vou pra PUTA QUE PARIU se isso for fazer com que ele se sinta melhor. Porque eu me importo. Eu não consigo colocar a cabeça no travesseiro sabendo que alguém que eu gosto está passando por algum problema. Minha alma não fica em paz enquanto eu não tento pelo menos ajudar meu amigo a sair dessa.

E cara, eu não sou a melhor pessoa do mundo, não. Longe disso!

Isso é o MÍNIMO que um amigo pode fazer.

Então quando alguém deixa de fazer o mínimo por mim, eu sinceramente começo a pensar se vale a pena mesmo ter aquela pessoa na minha vida. Se alguém não pode doar o mínimo de si pra fazer um amigo se sentir bem, será que eu quero essa pessoa na minha vida? Será que eu posso contar com essa pessoa pra segurar a minha mão quando meus joelhos não aguentarem o peso? Acho que não, né?

A distância pode aumentar, o tempo diminuir, os anos a passar… Amigo de verdade FICA. Fica, sim. Não vai embora por motivo nenhum, não te vira as costas por coisa pequena, não aponta o dedo te julgando, não te esquece, tenta ajudar, tenta te entender até quando você mesmo não se entende… Parece utópico (algo fora da realidade) dizer isso. Mas eu tenho pessoas assim na minha vida. Ao longo dos meus 27 anos “colecionei” e “guardei” com muito amor os meus amigos de verdade.

Sabe, eu faço todas essas coisas. Até o último momento. Eu só solto a corda e levanto bandeira branca quando percebo que pra manter aquela amizade eu estou me machucando demais… E às vezes alguns machucados demoram mais a curar do que outros. Ou sequer tem cura…

Então, meu amigo, eu não estou desistindo de você.

Não vou sair falando mal de você para as outras pessoas.

Não guardo rancor.

Te peço até desculpas pelas minhas expectativas altas em relação à você.

Eu não deveria esperar tanto das pessoas, eu sei, eu sei.

Mas eu espero.

E eu decidi que não vou me machucar (mais) para te manter na minha vida.

Se você gostou desse texto, deixe um comentário. Isso nos incentiva a escrever sempre mais 🙂

 

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Quer ver seu futuro? https://isabelafreitas.com.br/quer-ver-seu-futuro/ https://isabelafreitas.com.br/quer-ver-seu-futuro/#comments Sat, 02 Dec 2017 01:38:58 +0000 https://isabelafreitas.com.br/?p=39 Hoje acordei com um objetivo: aproveitar a minha viagem.

É que eu meio que deixo a vida me levar demais. Sério. Sei que você deve estar pensando “Ah, eu também sou assim”. Não. Duvido que você seja uma pessoa tão to-na-paz-tá-caindo-o-mundo-mas-eu-to-de-boa que nem eu. Eu sou despreocupada com coisas que geralmente preocupam muito as pessoas. Como por exemplo, quando você faz uma viagem, você faz um roteiro? Vê os lugares que quer visitar? Cumpre direitinho ou pelo menos tenta cumprir o que você planejou? Pois é. Eu sequer planejo uma viagem. Eu simplesmente viajo (literalmente, né? Viajo na onda hehe), e aí vou fazendo o que me dá vontade no meio do caminho… Se eu vejo todos os pontos turísticos da cidade? Provavelmente não. Às vezes desconfio que sequer reparo em alguns. Eu gosto da experiência, entende?

Gosto de VIVER. Deixar rolar. Ver o que acontece.

Porém hoje eu me planejei, quero dizer, acordei pensando “vou andar pra caramba, e fazer compras”, isso é um planejamento, certo? E caramba, andei uns 6 km. De chinelo. Sem brincadeira. Eu precisava orgulhar a minha mãe quando ela me perguntasse hoje mais tarde “E aí, fez o que hoje?”.  Olha, querida mamãe, visitei várias lojas, comprei alguns presentes (adoro presentear as pessoas, droga, na próxima vida quero vir mais egoísta, nota mental), e algumas coisinhas pra mim, mas como sempre, o ápice do meu dia não foi algo que eu planejei.

Aconteceu.

Quando vi a senhorinha se aproximando nem me passou pela cabeça que ela pudesse ser essas que leem o futuro. Ela parou e ficou me admirando por uns 5 segundos, então disse que precisava falar comigo o que estava vendo para mim. Eu, a misticidade em pessoa, pessoa que acredita em duendes, fadas, e em qualquer coisa minimamente mágica, aceitei claro. O valor? Ah, eu gostaria de dizer que ela fez de graça porque tinha um coração bom, mas não, foram 100 pesos. 20 reais no Brasil. Achei ok, né? O que a gente não paga pra ouvir que vai ser feliz pra sempre.

Assim que entreguei a nota nas mãos dela, ela mandou na lata: “Menina, você vai viver muitos e muitos anos. Consigo te ver bem velhinha, muito sábia, vai ser muito feliz no amor… Ter dois filhos meninos, e uma menina. E vai se lembrar de mim, vai se lembrar desse momento.”

Fiquei sem reação, sério. DOIS FILHOS MENINOS? Aff. Homem dá muito trabalho. Deus é mais. Ok. Respira fundo. Dimitri, Derek, e Aurora? Ha-ha. Passado o choque inicial por saber que terei 3 filhos, olhei bem para a cara dela, e mandei um “E o que mais?”, então ela disse que eu estava apaixonada.

Droga.

Eu sou uma inútil mesmo.

Até a mulher que lê o futuro nas ruas de Buenos Aires sabe que eu to apaixonada.

Tentei parecer desapegada, com um “tô?” meio inseguro, mas ela me olhou com os olhos cheios de certeza e disse: “Está sim”. Então eu desisti e disse que estava mesmo.

Tô apaixonada pra caralho, moça. Se tem uma coisa que eu tô é apaixonada. MEU DEUS ME AJUDA. O que eu faço???????????

Quando me dei por mim estava de mãos dadas com a senhorinha no meio de uma das principais praças de Buenos Aires, com os olhos fechados, fazendo uma oração, repetindo as palavras que – segundo ela – iriam purificar minha alma, abrir os caminhos, e me permitir ser plenamente feliz. Contando agora parece mais ridículo do que realmente foi, quer dizer, acho que foi bem ridículo mesmo. Mas eu lá estava me importando com o que as pessoas estavam pensando de mim? Eu queria é purificar minha alma. Amém.

Nos olhamos uma última vez, e antes que ela pudesse se despedir só com um “Tchau”, dei um abraço nela. Pelo olhar espantado, tenho certeza que ela não previu que isso ia acontecer, muito menos entendeu porque fui tão carinhosa com ela. Afinal, as pessoas aqui geralmente tratam muito mal essas mulheres nas ruas, olhando com ceticismo, e julgamento, como se elas fossem charlatãs ou algo do tipo. Eu não. Eu vi nela uma senhorinha muito fofa que conseguiu achar uma forma de ganhar dinheiro, sabe? Se é verdade ou não, não sei, o que importa é que ela tenta passar uma mensagem que conforta o coração das pessoas, e ainda reza de mãozinha dada.

Uma fofa, vai dizer?

Enquanto fazia o caminho de volta pra casa pro hotel, me peguei pensando no porque das pessoas terem tanto medo de saber o futuro, como se ele fosse algo sólido, que não pudesse ser modificado. O que não muda nunca é o passado, mas o futuro? Ah… O futuro muda a todo instante. A cada minuto. A cada segundo.

Olho a direção que o GPS me manda seguir… primeira à direita.

Paro. Espero alguns segundos. Viro à esquerda.

Eu sei que posso tomar as rédeas do destino a qualquer momento. Mas é que a gente gosta de acreditar em mágica de vez em quando, né?

E ah. Tudo bem. Eu confesso.

Ter 3 filhos é algo que já imaginei com você…

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Se apega, sim? https://isabelafreitas.com.br/se-apega-sim/ https://isabelafreitas.com.br/se-apega-sim/#comments Thu, 30 Nov 2017 23:36:31 +0000 https://isabelafreitas.com.br/?p=33 Escute enquanto lê: [youtube https://www.youtube.com/watch?v=uiCTa1Isbsc&w=400&h=200]

IMG_6981.JPG“Você não é aquela desapegada?”, “A menina que escreveu aquele livro contra o amor!”, “Ai, você precisa me ensinar a ser desapegada!!”. Oie. Tudo bem com vocês? 🙂 Comecei esse lindo texto com as frases que mais escuto  no meu dia a dia. Às vezes dou um sorriso amarelo, e deixo pra lá, sabe. Prefiro deixar a pessoa achando que o desapego que eu prego nas minhas obras é bem esse mesmo, “pega e não se apega, UHUL, que vida boa!”.

Seria tudo mais fácil se eu fosse realmente assim, né?

Só que eu não sou. 

Quem me acompanha nas coisas que eu escrevo, sabe muito bem que o desapego que eu sempre preguei é o desapego das coisas que nos fazem mal, que nos colocam para baixo. Mas e quando a gente encontra algo bom? Como que faz? Se apega, sim? Agarra, sim? Diz que ama ele, sim?

E aí é que tá o X da questão: eu simplesmente não sei o que fazer.

Se eu vivesse na época da minha avó as coisas seriam bem mais fáceis. Juro. Eu seria apresentada pra sociedade, conheceria o homem da minha vida (que provavelmente moraria na casa ao lado e já seria meu amigo de infância) e estaríamos predestinados a sermos felizes para sempre correndo pelos campos verdes. Eu não teria medo algum de me entregar pra ele, qual é, estaríamos no século passado. Ele também se entregaria a mim.

Sem isso de geração do desinteresse. Sem joguinhos. Sem medo de se decepcionar. Sem ansiedade para saber se ele está online porque está conversando com você ou dando em cima de mais duas outras. Sem o arrependimento de dizer o que você sente e ter seus sentimentos esmagados pelas expectativas não cumpridas.

Sem MEDO.

Sabe porque temos medo quando conhecemos alguém que balança o nosso coração e a nossa vida? Porque com coisas ruins nós sabemos lidar. Infelizmente. Sei despachar um embuste com um pé nas costas, enquanto faço um café. Mas quando aparecem coisas boas na minha vida eu fico sem reação. É isso. Eu congelo. Me sinto novamente no colégio quando passava a noite decorando a matéria da prova e de repente me dava um branco.

Digo que o sorriso dele gira meu mundo ou deixo pra lá e só sorrio de volta? Dou mais um beijo ou vou parecer muito grudenta? Confesso que escrevi nossos nomes numa folha de papel só pra ver se ficavam bonitos lado a lado ou vou parecer uma louca? Peço a hora do nascimento dele pra fazer o mapa astral ou finjo que nem ligo pra essas coisas de signo? Falo que gosto de namorar ou bato no peito e digo que estou muito bem sozinha, obrigada? Respondo em 1 segundo ou em 10 minutos? Peço para ele ficar mais um pouco ou a vida toda?

Gosto de dizer a meus amigos que sou aquela medrosa corajosa. Digamos que eu sinta o medo, mas goste de enfrentá-lo. É. É isso. Acho que consegui definir legal. E em meio a todos esses questionamentos do que fazer, quando fazer, se devo fazer… Eu escolho a opção mais idiota possível.

Seguir meu coração.

Qual o problema de seguir meu coração? Ah. É que ele é impulsivo. Idiota. Anseia por viver todas as sensações a 200 km por hora, e não tem medo algum de bater com a cara no muro.

E lá vamos nós de novo. E de novo. Quantas vezes for preciso.

Olho alguns segundos para a conversa aberta no meu Whatsapp, e aperto o botão enviar. Aquelas quatro palavrinhas flutuando na minha frente…

“Eu te amo, tá?”

É só um murinho. Nem vai doer tanto assim.

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Sem título 1. https://isabelafreitas.com.br/sem-titulo-1/ https://isabelafreitas.com.br/sem-titulo-1/#comments Wed, 29 Nov 2017 19:37:25 +0000 https://isabelafreitas.com.br/?p=27 2017-11-29 16:34:31.426.JPGEu não sei que negócio é esse que disseram que escritor escreve melhor quando tá triste, porque você sabe, das duas uma 1) ou eu não sou uma escritora 2), ou eu sou uma exceção mesmo. Eu escrevo infinitamente melhor quando estou feliz, na verdade, minto, eu nem escrevo quando tô triste. Eu só durmo. Porque isso é maturidade, né? Quero dizer, dormir quando se está triste. Esperar os problemas passarem. Deixar a vida tomar controle do mastro até que a maré não esteja tão violenta. Sei bem como é isso. Esse ano tive alguns episódios assim.

Não, não. Eu não estava depressiva. Porque até pra isso meu lado sagitariana grita alto e diz “Depressão? Você? Ah tá. Deixa de ser besta, Isabela KKKKKKKKKKKKKK”. Eu só não estava feliz. Estava… Como podemos dizer, apática? É. Eu acho que apática se aplica.

apática
  1. (apatia) ausência de paixão, emoção ou excitação; falta de interesse pelas coisas que os outros acham excitantes ou interessantes

E era exatamente isso que eu estava sentindo. Falta de interesse. Falta de paixão. Conhecia pessoas todos os dias pensando “Mais uma. Igual aquela de ontem, e um pouco diferente só da que vou conhecer amanhã”. E é meio que triste não se surpreender mais com nada, poxa, nosso coração sente necessidade de bater mais forte às vezes.

Desde que terminei meu último relacionamento (e isso já se vai um ano!), tenho tentado ser mais pé no chão. Percebi que às vezes me relacionava com pessoas que não tinham TANTO a ver comigo, e cara, os opostos se atraem mas não ficam juntos no final. Não. Não ficam. Ou podem até ficar, mas vão brigar eternamente… E sinceramente? Eu sou da paz. Fato é que botei na minha cabeça que ficar sozinha por um tempo era essencial. É essencial. Sempre vai ser essencial. A gente se curte mais. Se ama mais. Se conhece mais. E eu fico sozinha numa boa, a solidão é minha melhor amiga desde a época em que eu ia pro parquinho do clube que era sócia brincar sozinha de faz de contas. O problema de se blindar tanto contra qualquer sentimento que possa vir a nos arrebatar é que nos tornamos céticos. Apáticos. Analisadores frios que olham bem para alguém e se perguntam “Ei, será que vale a pena deixar você entrar na minha vida?”.

E quase nunca vale. Foi o que aprendi nos últimos tempos.

Então você acaba se tornando uma pessoa fria. E aquela sensação de borboletas na barriga, e coração batendo forte, que geralmente é o que me impulsiona a escrever por horas a fio, some.

Desapareci por uns tempos (3 meses para ser mais exata), mas eu não estava triste, não, não. Esse ano foi um dos anos mais incríveis da minha vida, de verdade. Fui muito feliz! Eu só não estava inspirada o suficiente para escrever sobre pessoas incríveis. Porque eu não estava enxergando pessoas incríveis suficientes na realidade para passá-las para o papel. E a ideia de escrever textos que não trazem sentimentos reais, ah… Essa ideia me soa um tanto quanto besta. Logo eu, a dona do “sinto, logo escrevo”.

Você agora deve estar se perguntando, por que eu tô aqui de volta, né?

Eu vim aqui pra dizer pra você, que também desistiu, que também não se surpreende mais, que também está se tornando frio e desacreditado das pessoas: não tem problema. O mundo não desistiu de você. O mundo nunca vai desistir de você. Mesmo que você faça pirraça, quebre os vasos da casa, e grite bem alto: “EU NÃO QUERO MAIS!”.

Ah. Você vai querer. Sempre vai ter alguém que nos faz sentir tudo de novo. E as borboletas no estômago vão te fazer esquecer de qualquer vestígio daquela pessoa fria e cética que você estava se tornando.

Porque borboletas são como o amor: coloridas, livres, e trazem uma leveza que com certeza estava faltando no seu dia.

 

 

 

 

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Oi, sou eu de novo :) https://isabelafreitas.com.br/oi-sou-eu-de-novo/ https://isabelafreitas.com.br/oi-sou-eu-de-novo/#comments Wed, 29 Nov 2017 18:45:34 +0000 https://isabelafreitas.com.br/?p=21 2017-11-29 03:25:15.109Oie. Sentiram minha falta? Eu senti a falta de vocês. Quero dizer, de alguém me lendo por aqui. Achava que meus textos no blog não faziam diferença alguma mais na vida das pessoas, e ficar alguns meses sem blog foi essencial para perceber que sim, ainda há pessoas que leem textos na internet. E sim, ainda existem pessoas querendo desabafar na internet (eu).

O blog antigo teve alguns probleminhas (sério, eu quero morrer). Devo isso a minha falta de organização, eu sei, minha mãe vive dizendo que eu deveria me organizar mais. Eu só não consigo! Mas eu  juro que tento. Tento sim. O que aconteceu é que eu queria mudar o blog, o servidor, meu estilo de post, sei lá. Acho que eu tava naqueles meses em que queremos mudar de cabelo e de vida. E aí acabei deixando de pagar o servidor uns dois meses, pois já que iria mudar tudo, não vi a necessidade de pagá-lo. Qual é, dinheiro não nasce em árvore, né? Daí agora que estou a todo vapor com vontade de escrever, e de viver, e de escrever de novo, fui tentar reativar meu blog.

Fuem. Fuem.

Mensagem do servidor me dizendo que eles não tem mais os arquivos meu blog.

Zero.

Anos de trabalho perdidos.

Eu poderia chorar, me descabelar, ficar triste de verdade, ou ligar pro garoto que eu to gostando com a desculpa de que to bem mal só pra ouvir a voz dele um pouco. Mas eu sou sagitariana, né? Então to aqui dando uma gargalhada, pensando em como essas coisas SÓ acontecem comigo. Sério. Qual a possibilidade?

Tudo bem. 1000 textos se perderam. 1000 textos novos virão. E garanto, bem melhores.

Quem vem comigo nessa?

Ah, e o que eu fiz nesse meio tempo que fiquei sumida? Pois bem. Isso é história pra daqui a pouco…

 

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